Renato Gaúcho reestreou como técnico do Fluminense na vitória sobre o Bragantino,pelo Brasileiro — Foto: Marcelo Gonçalves/Fluminense
Na primeira entrevista coletiva pós-jogo de Renato Gaúcho em sua sétima passagem pelo Fluminense,a falta de tempo para treinar foi um tema constante. Na vitória por 2 a 1 sobre o Bragantino,o treinador foi à beira do campo apenas dois dias após sua chegada. E já terá seu próximo compromisso na quinta-feira,diante do Deportivo San José,da Bolívia,pela Copa Sul-Americana. Neste cenário de maratona,ele já antecipou que precisará rodar o elenco tricolor.
- Nós jogamos hoje e já teve o desgaste desde a última viagem,longa,cansativa. Pagamos exatamente por isso também,pelo cansaço no segundo tempo (contra o Bragantino). E na quinta-feira já tem um jogo pela Sul-Americana,aqui no Maracanã. E domingo já tem o Santos (pelo Brasileiro). Então é difícil. Você não tem como colocar em todos os jogos a mesma equipe. Por isso que muitas vezes você tropeça numa competição,entendeu?
Renato é conhecido em seus trabalhos por não esconder que prioriza competições. No Grêmio,por mais de uma temporada adotou a estretégia de usar o Brasileiro para preservar alguns jogadores e dar rodagem a outros e usar a força máxima nas Copas.
- São duas competições importantes que o clube está disputando (Brasileiro e Sul-americana). A gente vai procurar sempre colocar os melhores em campo em todos os jogos,buscar as vitórias. Mas a gente sabe que,de vez em quando,tem que dar uma segurada num jogador aqui,num jogador ali. Porque vocês não têm as informações (sobre as condições físicas),mas eu tenho. Então muitas vezes,não coloco um jogador em dúvida no campo porque de repente ele está sentindo alguma coisa e vocês não sabem. Aí muita gente até critica: "Ah,por que fulano não jogou?". Não é porque a gente quer poupar. É que muitas vezes a gente vai evitar que o jogador se machuque - continuou Renato.
A primeira baixa poderia ter ocorrido já na estreia do treinador. Segundo ele,Jhon Arias teve febre na noite anterior. Mas reagiu bem durante o domingo e aguentou toda a partida.
Renato admitiu que ainda não conhece bem a maioria dos jogadores do elenco tricolor. Por isso,repetiu a escalação que venceu o Once Caldas,na Colômbia,na última terça,pela Sul-americana. E já antecipou que comandará um coletivo nesta segunda para ter a oportunidade de observá-los melhor.
- Eu conheço praticamente 80% do grupo do Fluminense,e chegar no meio do tiroteio precisando ganhar os jogos sem ter tempo para trabalhar,é difícil,é difícil. Tendo que corrigir alguns defeitos. Mas faz parte do nosso trabalho,o presidente me contratou para isso. E,no dia-a-dia,a gente vai procurando acertar em todos os setores onde a gente está errando,elogiar onde a gente está acertando e procurar melhorar no dia-a-dia. Agora,não tem um time do Brasil,não tem um time no mundo que não precisa corrigir algumas coisas,mesmo vencendo. E não seria o Fluminense que estaria 100%. Então é trabalhar.