Restaurante lotado — Foto: Vittoria Alves
RESUMO
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"Hotel Fairmont atrai delegações do G20 e modifica dinâmica da cidade do Rio"
O entorno do Hotel Fairmont se torna ponto de encontro das delegações do G20,com público tentando ver os líderes e restaurantes adaptando-se à demanda. Rota temporária do metrô alterada,e comitivas estrangeiras movimentam a cidade do Rio. Restaurantes próximos recebem delegações em busca de experiências brasileiras.O Irineu é a iniciativa do GLOBO para oferecer aplicações de inteligência artificial aos leitores. Toda a produção de conteúdo com o uso do Irineu é supervisionada por jornalistas.
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A expectativa de tirar uma foto com algum dos presidentes que está hospedado no Hotel Fairmont,em Copacabana,na Zona Sul do Rio,transformou os estabelecimentos no entorno do luxuoso edifício em um dos “points” das delegações que vieram para o G20. Curiosos e turistas vem se amontoando entre as grades que cercam o prédio na tentativa de ver os chefes de Estados.
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Na Avenida Atlântica,a movimentação gira em torno da tentativa de fazer algum registro dos líderes da cúpula do G20 ou receber algum aceno da sacada. Nos quiosques da orla,o cenário é parecido. Por volta das 20h20 desta segunda-feira,a comitiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou à portaria do hotel e causou alvoroço entre a clientela do restaurante Marinho.
Ao desembarcar do carro,cercado por seguranças,Lula chegou a dar “tchauzinho” ao público que comemorava a sua chegada com gritos e palmas. As amigas Maria Esther e Sônia Nunes são moradoras do bairro desde a infância. Elas contam que,apesar de já terem presenciado outros eventos na cidade que reuniram chefes de Estado,como a ECO-92 e as Olimpíadas,essa é a primeira vez que vêem a presença de tantos militares.
As duas afirmam que selecionaram o estabelecimento a dedo e fizeram questão de aguardar a presença do presidente enquanto bebiam algumas caipirinhas.
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— Estamos aqui desde às 18h. Nós viemos para ver o presidente Lula porque gostamos muito deles. Passamos aqui antes de bicicleta,mas não havia tanta movimentação. Nunca vi tanto soldado na minha vida,parecia até uma invasão. Não tinha esse clima na ECO-92 ou nas olimpíadas. Queríamos ver o Lula para gritarmos o nome dele e dizer que ele arrasou no G20. Somos Lula forever (para sempre) — contou Sônia enquanto tirava uma selfie com a amiga.
Sonia e a Esther fazem selfie na porta do hotel — Foto: Vittoria Alves
A dupla não é a única a se aventurar,segundo um dos garçons do Marinho,o espaço ficou ainda mais badalado com a presença das comitivas. “Hoje mesmo eu atendi uma mesa com 15 chineses que chegaram querendo experimentar a culinária do Brasil”,disse.
Já o gerente do restaurante José Airton alega que precisou adaptar o cardápio para atender os pedidos do público. Eles envolvem a tradicional feijoada da casa,caipirinha e de um drink que tem o mate,bebida típica do carioca,como ingrediente principal:
— A gente vem recebendo bastante clientela devido ao G20. O nosso movimento vem sendo bem maior. No almoço,as delegações chegam procurando prato executivo,à noite é o happy hour. Eles chegam na alegria de ver os presidentes,o policiamento também foi reforçado e isso é muito importante. São línguas diferentes e a gente tem que se desenrolar. Sem dúvida,os franceses e canadenses dominaram o ambiente,o que eu acho muito curioso.
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Ainda de acordo com José Airton,os clientes estrangeiros que estão conhecendo o município pela primeira vez selecionaram o ambiente pela proximidade com o hotel,a praia e o cardápio exclusivamente brasileiro.
— As delegações chegam aqui para ouvir música brasileira e provar as comidas típicas. É muito bom para nós recebê-los — destaca o gerente.