Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice tecnológico Nasdaq perdeu 2,24%,o seletivo Dow Jones Industrial Average recuou 0,70% e o alargado S&P500 recuou 1,32%.
"As afirmações de (presidente da Fed,Jerome) Powell criaram ceticismo quanto à trajetória das taxas,com uma possível pausa em dezembro em vez de uma descida",segundo Angelo Kourkafas,da Edward Jones.
Na quinta-feira,Jerome Powell argumentou que a batalha contra a inflação ainda não estava ganha e a economia permanecia resiliente,pelo que não havia razão de "acelerar para descer as taxas".
Os operadores atribuem agora uma probabilidade de mais de 40% à hipótese da manutenção da taxa de juro na próxima reunião da Fed,que vai ser a última em 2024,em 17 e 18 de dezembro,contra apenas 14% há um mês.
Até lá,os investidores vão conhecer um conjunto de informação macroeconómica,o que pode alterar a sua apreensão da situação económica dos EUA.
Mas,no imediato,"vê-se evaporar um pouco a excitação e o entusiasmo que se seguiram à eleição" de Donald Trump para a presidência dos EUA,apontou Angelo Kourkafas.
A disponibilização da informação macroeconómica hoje ocorrida não alterou a disposição dos investidores.
As vendas do comércio retalhista progrediram 0,4% em outubro,em termos mensais,melhor do que os 0,3% esperados pelos economistas.
Mas o índice de base,que exclui o automóvel,a gasolina e os materiais de construção,contraiu-se 0,1%,em vez da subida esperada de 0,3%.
Para acrescentar à morosidade ambiente,o rendimento dos títulos federais a 10 anos voltaram a subir,para 4,44%,dos 4,43% da véspera.
Estes rendimentos penalizam os ditos títulos de crescimento,cuja valorização depende da antecipação de ganhos futuros.
Estes últimos tornam-se menos atrativos se o rendimento de outras aplicações,como as obrigações,estiver em nível elevado.