Ministro da Economia rejeita contradição com Finanças sobre turismo

"Em relação ao senhor ministro da Finanças,se estamos de costas voltadas? Não,não,estamos lado a lado. Eu interpreto essas declarações como,e acompanho,no sentido que é preciso e era bom e é saudável que os outros setores ganhem dimensão",afirmou o ministro da Economia,Pedro Reis,que foi hoje ouvido no parlamento durante mais de cinco horas e meia,no âmbito da discussão na especialidade da proposta de Orçamento do Estado para 2025.

 

O governante respondia a questões do deputado do PS João Torres,que disse haver uma contradição entre as afirmações do ministro das Finanças,Joaquim Miranda Sarmento,e as do secretário de Estado do Turismo,Pedro Machado.

O ministro das Finanças defendeu hoje que é necessário "reduzir a importância" do turismo no PIB e nas exportações,e o secretário de Estado tinha dito,em julho,esperar que em 2033 o turismo possa representar 20% do PIB,arrecadando mais de 56 mil milhões de euros de receitas e empregando mais de 1,2 milhões de pessoas.

"Não há economia sustentável sem indústria,é impensável,é a coluna vertebral de uma economia,mas não tem de ser à custa de colocar uma mão em cima do crescimento virtuoso que o turismo consegue fazer,é mesmo estimular os outros setores",vincou Pedro Reis.

O secretário de Estado do turismo também rejeitou qualquer contradição entre membros do Governo.

"Agora,há ambição,Portugal tem ambição,como é evidente,mal seria se não tivesse,[...] mal seria se não aproveitássemos essa ambição em prol desta indústria que é a do turismo",afirmou Pedro Machado.

O secretário de Estado disse também querer "desmistificar a ideia que o turismo é um setor que está contra os outros setores" e classificou de "mito urbano" que o turismo seja um setor de baixos salários e poucas qualificações.