Moradores passam por árvores e fios elétricos derrubados após a passagem do furacão Rafael em Artemisa,Cuba,em novembro de 2024 — Foto: ADALBERTO ROQUE/AFP
RESUMO
Sem tempo? Ferramenta de IA resume para vocêGERADO EM: 10/11/2024 - 12:12
Cuba enfrenta apagões e prisões pós-furacão
Após passagem do furacão Rafael,Cuba enfrenta apagões e prisões por distúrbios. Manifestações resultam em detenções,enquanto autoridades impõem prisão preventiva. Furacão causa danos materiais,apagões persistentes e revela vulnerabilidades energéticas da ilha. Presidente destaca restauração de serviços essenciais.O Irineu é a iniciativa do GLOBO para oferecer aplicações de inteligência artificial aos leitores. Toda a produção de conteúdo com o uso do Irineu é supervisionada por jornalistas.
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O Ministério Público de Cuba informou neste sábado a prisão de um número indeterminado de cidadãos por "perturbações de ordem",ocorridas em meio às tensões causadas pelo apagão generalizado de quase dois dias devido à passagem do furacão Rafael.
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O anúncio foi feito no momento em que a maior parte do país voltou a ter luz,e depois que organizações de direitos humanos relataram prisões e convocações de pessoas em delegacias de polícia por participarem de manifestações.
"Em Havana,Mayabeque e Ciego de Avila",no oeste e no centro da ilha,"processos criminais estão tramitando devido a crimes de ataques,desordem pública e danos",afirmou o MP em uma declaração publicada em seu site,sem especificar o número de pessoas presas ou detalhes dos incidentes.
Cuba segue às escuras neste sábado,após pane em termoelétrica — Foto: ADALBERTO ROQUE/AFP
A instituição disse que "decidiu impor a medida cautelar de prisão preventiva aos acusados apresentados" pelo Ministério do Interior,"por atos de agressão a autoridades e inspetores dos territórios que causaram ferimentos e perturbações da ordem".
Em Havana,onde vivem dois milhões de habitantes,"o serviço foi restabelecido em 82% dos circuitos de distribuição" na noite deste sábado,detalharam as autoridades locais. Apesar disso,diversas áreas da capital e da província vizinha de Artemisa permanecem sem luz,quatro dias após o furacão atingir o oeste da ilha.
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O serviço havia sido restaurado desde sexta-feira em 13 das 15 províncias do país,mas Artemisa e sua vizinha,Pinar del Río,ainda estavam sem conexão.
De acordo com informações oficiais,cerca de 500 edifícios na cidade sofreram colapso total ou parcial devido ao desabamento de telhados,queda de paredes ou fachadas.
Rafael entrou na pequena praia de Majana,em Artemisa,na quarta-feira,com a força de um furacão de categoria 3 na escala Saffir-Simpson,e atravessou a ilha de sul a norte em quase duas horas e meia antes de seguir para o Golfo do México,onde está perdendo força,informou o Centro Nacional de Furacões dos EUA.
O furacão não causou mortes,mas deixou grandes danos materiais,segundo as autoridades.
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Apagão na ilha
O presidente Miguel Díaz-Canel disse neste sábado no X que "a restauração da eletricidade e das comunicações,o abastecimento de água e o saneamento são as principais metas para este fim de semana" e disse que daria prioridade a Artemisa.
Nos vilarejos dessa província adjacente a Havana,o furacão Rafael varreu telhados e casas inteiras e deixou grandes áreas inundadas. As plantações agrícolas,que são em grande parte consumidas pela capital,foram severamente danificadas.
Rafael atingiu Cuba apenas duas semanas depois que o furacão Oscar atingiu o leste da ilha durante um apagão anterior que deixou oito pessoas mortas e 10 milhões de cubanos no escuro. Cuba sofreu outra interrupção total de energia em 2022.
Os apagões são um lembrete para os cubanos da frágil situação energética que a ilha enfrenta devido à queda nas importações de petróleo bruto da Venezuela,seu principal aliado,nos últimos dois anos. Esse petróleo ajuda a alimentar alguns dos equipamentos de geração de eletricidade que precisam de combustível para funcionar.
As usinas termoelétricas,que funcionam com petróleo nacional e algumas das quais têm até 40 anos de idade,frequentemente falham devido ao seu estado de degradação.
Veja o dia seguinte do Furacão Milton na Flórida
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Uma grua desabou sobre um prédio no centro de São Petersburgo,na Flórida,após a passagem do Furacão Milton em 10 de outubro de 2024 — Foto: Bryan R. SMITH / AFP
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Parede de prédio destruída em São Petersburgo,devido à passagem do Furacão Milton em 10 de outubro de 2024 — Foto: Bryan R. SMITH / AFP
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Bairro inundado em Punta Gorda,após o Furacão Milton atingir a costa em 10 de outubro de 2024 — Foto: Joe Raedle/Getty Images/AFP
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Casa em meio à enchente que inundou o bairro de Punta Gorda,após a passagem do Furacão Milton — Foto: Joe Raedle/Getty Images/AFP
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Mulher passa por casa atingida por tempestade após a passagem do Furacão Milton,em 10 de outubro de 2024,em Osprey,Flórida — Foto: Sean Rayford / Getty Images / AFP
Com rastro de destruição,furacão deixou milhões de pessoas sem energia elétrica