Amazon e Magalu investem em logística para entregar mais e mais rápido no Natal e na Black Friday

Com centro de distribuição na Baixada Fluminense,a Amazon abre três estações de entrega no estado e entra em favelas fluminenses — Foto: Rebecca Maria / Agência O Globo

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GERADO EM: 01/11/2024 - 04:55

"Amazon e Magalu ampliam operações logísticas para agilizar entregas durante a Black Friday e o Natal,incluindo favelas no Rio"

Amazon e Magalu expandem operações logísticas visando agilidade na entrega durante a Black Friday e o Natal. Amazon chega a favelas no Rio em parceria com a FavelaLlog. Magalu cria a Magalog para ampliar serviços e receita. Parcerias locais melhoram eficiência e geram empregos em comunidades. A inteligência logística impulsiona a fidelidade dos clientes.

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Duas das grandes companhias do varejo digital estão ampliando suas operações logísticas no país na reta final do ano,período que concentra ao menos duas das principais datas do setor,a Black Friday e o Natal. A gigante americana Amazon agora conta com mais três bases de entrega no Rio de Janeiro — em Belford Roxo,Manguinhos e São Gonçalo —,acelerando entregas em diversas regiões e marcando sua entrada em favelas fluminenses,em parceria com a FavelaLlog.

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Já o Magazine Luiza criou a Magalog,uma operadora logística que reúne toda a estrutura da varejista no segmento,de olho em expandir o número de empresas na carteira de clientes e ampliar a receita.

— Grandes operações de varejo no mundo digital têm na inteligência logística um diferencial competitivo. Os dados disponíveis hoje permitem entender onde estão os clientes e como planejar toda a estrutura de entrega — destaca Ana Paula Tozzi,CEO da AGR Consultores.

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A Amazon passa a contar com 18 polos logísticos no Estado do Rio,incluindo o centro de distribuição (CD) da companhia em São João de Meriti,na Baixada Fluminense. No Brasil como um todo são 130 unidades de entrega e dez CDs. A estrutura vai permitir acelerar entregas em diversas regiões e levar produtos a favelas.

A operação será feita em parceria com a FavelaLlog,empresa do grupo Favela Holding,criado por Celso Athayde,e especializada em entregas feitas em regiões periféricas.

Varejo 'figital' para o cliente comprar onde e quando quiser

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Centro de Distribuição das Casas Bahia em Duque de Caxias. — Foto: Domingos Peixoto / Agência O Globo

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Vendedores na Arezzo usam um aplicativo que permite atendimento personalizado para facilitar vendas — Foto: Edilson Dantas

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Casa Riachuelo ganhou dois pontos em formato 'figital' em São Paulo e usa totens em lojas — Foto: Divulgação

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Centro de distribuição do Magazine Luiza em Louveira (SP) — Foto: Leandro Fonseca / Divulgação

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Centro de distribuição do Mercado Livre,em São Paulo. — Foto: Divulgação

Varejistas desenvolvem novos centros de distribuição com melhor logística para garantir vendas on-line e nas lojas

— Em São Paulo,começamos por Paraisópolis,em 2022. E já temos nove unidades de entrega cobrindo 100% dessas regiões de favelas na região metropolitana da cidade. Agora,estamos oferecendo isso no Rio — conta Rafael Caldas,líder de Logística da Amazon no Brasil. — Antes,o cliente recebia num ponto de retirada fora da comunidade. Agora,chegará na casa dele em até um dia ou dois,dependendo de onde sai a mercadoria.

Demanda reprimida

Sem o parceiro logístico local,continua o executivo,os prazos de entrega para residentes dessas áreas eram elásticos. Na Tijuca,Zona Norte do Rio,cita ele,a entrega é feita no máximo no dia seguinte,enquanto no Complexo da Maré,na região de Manguinhos,não eram incomuns prazos de cinco a até sete dias.

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Ana Paula,da AGR,destaca que do ponto de vista de vendas as favelas são áreas com crescente poder de compra,avançando com o atual ganho de renda da população.

— Quando comparamos com o crescimento percentual da Amazon ano sobre ano no país,ele chega a ser quase o dobro numa área recentemente aberta de entrega em comunidade. Isso demonstra que tínhamos demanda represada ali. Com a eficiência de entrega,vem a fidelidade. E o cliente satisfeito se torna recorrente — destaca o executivo.

Centro de distribuição do Magalu em Guarulhos: Empresa criou a Magalog. Ficam abaixo dessa operadora os 21 centros de distribuição,22 hubs de entregas,153 bases operacionais parceiras,entre outros ativos — Foto: Divulgação/Germano Lüders

A FavelaLlog atua com uma equipe inteiramente recrutada nas comunidades atendidas pelo serviço de entrega,incluindo participantes do Recomeço,projeto de reinserção social de egressos do sistema penitenciário.

— Atuamos sempre junto à liderança da Cufa (Central Única de Favelas) em cada território,com pessoas que conhecem a região. Oferecemos treinamento,a moto e o combustível para que cada operador logístico possa focar na entrega — diz Guilherme Visnevski,sócio-diretor da FavelaLlog,destacando a geração de emprego e renda local. — A eficiência vem da união da tecnologia com o conhecimento do território.

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Os dois executivos contam que a assertividade na entrega é de 98% a 99% dos pacotes entregues. As empresas atuam juntas utilizando aprendizado de máquina e inteligência artificial para aprimorar o aplicativo para mapear endereços e traçar rotas de entrega nas comunidades. Já há estudos para incluir outras favelas na operação,com a Rocinha como próximo passo.

Em outra ponta,o Magazine Luiza anunciou a criação da Magalog,reunindo toda a sua estrutura de operação logística em uma única empresa. Ficam abaixo dessa operadora os 21 centros de distribuição,entre outros ativos,incluindo 9 mil empregados diretos.

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Márcio Chammas,diretor-executivo da Magalog,explica que a empresa nasce com o objetivo de ampliar a capacidade logística da Magalu,reduzindo ainda mais o prazo de entrega,por exemplo. Hoje,a varejista já faz entregas ultrarrápidas,em um par de horas,em 139 municípios do país,dentre os 3.800 cobertos. “Vamos potencializar toda a capacidade logística em uma empresa que atua em todo o Brasil”,acrescentou Chammas,em nota.

Geração de receita

A Magalog já começa com faturamento anual de R$ 3 bilhões,somando uma carteira com 70 clientes,como Centauro,Electrolux,Zara e Dafiti,além do próprio Magazine Luiza.

— Essa operação deixa de ser um centro de custo para ser geradora de receita. Passa a ser mais focada em eficiência,gerando lucro. Era um caminho previsto. Tem que ter escala e frequência de entrega para transformar uma divisão em uma nova empresa. E aí pode crescer oferecendo serviço logístico completo a qualquer empresa — destaca Ana Paula Tozzi.

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