Guilherme Boulos e Pablo Marçal: live — Foto: Arquivo O GLOBO
Logo mais ao meio dia,Guilherme Boulos vai participar de um evento de campanha que muitos julgam ser mais decisivo e perigoso do que o debate final da Globo,que começa às 22 horas.
É a tal live que Pablo Marçal está promovendo e da qual Ricardo Nunes prontamente se desvencilhou,se negando a participar.
Nunes está liderando com alguma folga as pesquisas. Quer tudo menos escorregar num evento que obviamente traz riscos.
Já Boulos,não. Optou pelo perigo.
Topou ser sabatinado pelo sujeito que não cumpria nenhuma regra dos debates no primeiro turno,pelo candidato que o tirou do sério mostrando uma carteira de trabalho para desestabilizá-lo,pelo adversário que sugeriu dezenas de vezes que ele era um cocainômano,pela pessoa que aplicou a maior das fake news da campanha justamente contra ele.
Pelo visto,Boulos e sua campanha confiam que Marçal vai surpreender e se comportar como uma pessoa séria. Vai agir também de forma inédita como alguém que lhe respeita.
Apesar dos riscos evidentes embutidos,a campanha de Boulos acha que vale correr perigo.
Um integrante graúdo da campanha de Boulos explica a lógica que guia essa decisão:
— A chance de dar certo é maior do que de dar errado. Temos a estatística a nosso favor.
Como assim?
— 80% dos eleitores do Marçal estão com Nunes,8% com Boulos e 12% já foram para o voto nulo. Será que vamos perder mais do que esses 8%? Já no universo de 80% podemos ganhar algum.
Mas e se o Marçal agir como Pablo Marçal e aloprar?
— A entrevista é online. Se ele não se comportar,o Boulos simplesmente desliga.
É.. é um recurso que o deputado do PSOL pode usar. O problema para Boulos é,se antes disso,Marçal conseguir um corte daqueles que só interessam ao próprio... Marçal.