Em comunicado,a tutela lembrou que "a segunda reunião de negociação coletiva geral com os Sindicatos da Administração Pública -- Frente Sindical,Frente Comum e FESAP -- realizou-se esta quarta-feira [hoje],no Ministério das Finanças,com a evolução de propostas por parte do Governo".
No comunicado,o Executivo disse que "subiu a proposta para a base remuneratória da Administração Pública para o valor de 875 euros,já para 2025",tal como já tinha revelado o coordenador da Frente Comum,Sebastião Santana.
O Ministério indicou ainda que "aceitou rever as carreiras não revistas relativas aos Administradores Hospitalares,a iniciar ainda no ano em curso" e dos "Técnicos Superiores de Saúde,a partir do próximo ano de 2025".
"Relativamente às restantes [carreiras],o Governo está ainda a analisar as mesmas",destacou.
"Nas reuniões de hoje,os sindicatos fundamentaram as suas propostas e apresentaram novos contributos",indicou,revelando que "a próxima ronda negocial com estes sindicatos será no dia 18 de outubro [sexta-feira],com o objetivo de dar continuidade ao processo".
O Governo acredita que as reuniões de hoje,"conduzidas pela secretária de Estado da Administração Pública,Marisa Garrido,foram um passo importante no desenvolvimento do processo negocial".
O Governo "mantém os 52 euros com [um mínimo] 2%" para a atualização geral dos salários da administração pública e avançou "com uma proposta de aumento da base remuneratória de 4,5 euros em relação à proposta que apresentou anteriormente,passando para os 875 euros",afirmou Sebastião Santana,à saída da reunião.
Atualmente,o salário mínimo nacional é 820 euros e a base remuneratória da administração pública (vulgarmente conhecido por salário mínimo do Estado) é de 821,83 euros. Na semana passada,o Governo tinha proposto que a base remuneratória subisse para 870,50 euros no próximo ano,contudo,os sindicatos que representam a função pública alertaram que esta proposta não cumpria o acordo de valorização destes trabalhadores,que foi assinado com o anterior Executivo e que prevê aumentos de cerca de 52 euros para vencimentos brutos mensais de até 1.754 euros e de 2% para ordenados superiores.