Wall Street fecha semana em ordem dispersa após longa série positiva

Os resultados definitivos da sessão inicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average avançou 0,09%,mas o tecnológico Nasdaq cedeu 0,36% e o alargado S&P500 recuou 0,19%.

 

"Houve uma acalmia e a realização de ganhos,depois dos verificados ontem e da volatilidade que aconteceu nas últimas semanas",disse Sam Burns,da Mill Street Research.

"É uma fase de consolidação lógica,depois de se terem atingido máximos em vários índices",acrescentou.

O S&P registou oito sessões consecutivas de ganhos em nove.

Na quinta-feira,o Dow Jones e o S&P500 acabaram em níveis inéditos,depois de a Fed ter anunciado um corte da sua taxa de juro de referência em meio ponto percentual.

Mas,para Sam Burns,a subida de Wall Street não acabou.

"As ações estão mais caras do que estiveram,nos últimos anos,mas podem continuar a progredir ao ritmo dos resultados" das empresas,estima o responsável pela estratégia de investimento da Mill Street Research.

Entre as cotadas,um dos destaques foi para a Nike,cuja desempeno permitiu justamente ao Dow Jones conhecer a baixa que os outros índices emblemáticos conheceram.

Com efeito,a partida repentina do diretor-geral,John Donahoe,foi saudadda pelos investidores,que levou à valorização do título em 6,58%.

Em causa estava a degradação da imagem da empresa e uma estratégia de distribuição considerada ineficaz.

Menção ainda para a energética Constellation,que ganhou 22,29% depois de se saber que concluiu um acordo com a Microsoft,para fornecimento de eletricidade,baseado no renascimento de um dos reatores da central nuclear de Three Misland Island,no Estado da Pensilvânia.

Este local é conhecido por ter lá acontecido o mais grave acidente nuclear na história dos EUA,em 1979,em um reator vizinho do que a Constellation pretende agora reativar.

A notícia aproveitou ainda à mineira Cameco (+8,08%),que extrai urânio,e á energética Brookfield Renewable Partners (+0,84%),também presente no nuclear.

Mencione-se ainda que a sucessão dos dias não traz novidade para o grupo de comunicação de Donald Trump,o Trump Media and Technology Group (TMTG),que voltou a desvalorizar,hoje 7,82%.

O título sofreu o efeito do fim do período designado 'lock-up',durante o qual os investidores titulares de ações antes da sua introdução em bolsa não as podiam vender.

Parte dos investidores inquieta-se por ver Trump,que controla 57% da TMTG,ceder toda ou parte da sua participação,apesar de ter dito que nunca a alienaria.