A inflação permanece há 36 meses acima da meta de 2%,fixada pelo Banco do Japão (BoJ,sigla em inglês) há mais de dois anos,de acordo com o Gabinete de Estatísticas do Ministério dos Assuntos Internos e Comunicações japonês.
Os preços dos géneros alimentícios,excluindo os alimentos frescos devido à elevada volatilidade,aumentaram 2,9% em termos homólogos,mais 0,3 pontos percentuais do que em julho.
Um dos maiores aumentos foi sentido no custo dos cereais (6,5%).
Os custos da energia dispararam 15%,com subidas da eletricidade (26,2%) e do gás (11,1%),ao contrário dos preços dos outros combustíveis,incluindo os combustíveis para automóveis,que caíram 0,7% em termos homólogos.
Os preços das atividades de lazer e entretenimento subiram em agosto,em média 4,8% em termos anuais,com um aumento de 6% nos serviços ligados a esta indústria.
O consumo no arquipélago tem sido fraco desde o início de 2022,tanto devido à inflação como à fraqueza do iene,acentuada pela política de taxas de juros baixos do banco central do Japão,fatores que enfraqueceram o poder de compra das famílias.
Em junho,o Governo japonês lançou uma campanha de redução de impostos para tentar combater a inflação,que se situou em 2,7% em julho,em termos homólogos.
O BoJ aumentou a taxa referência no final de julho,mas alertou que a política monetária ia estar condicionada pela estabilização da inflação na ordem dos 2%.
A economia do Japão cresceu 0,7% no segundo trimestre do ano em comparação com o período anterior,anunciou,já este mês,o Governo nipónico,numa revisão em baixa do valor preliminar,que era de 0,8%.
De acordo com a anterior estimativa,divulgada no início de julho,o produto interno bruto (PIB) do Japão,a terceira maior economia do mundo,tinha contraído 0,7% entre janeiro e março.