Campanha de Nunes vê evangélicos e Malafaia como único caminho para queda de Marçal

O empresário Pablo Marçal e o pastor Silas Malafaia — Foto: Brenno Carvalho/O Globo e Guito Moreto / Agência O Globo

Integrante da campanha de Ricardo Nunes (MDB) avaliam que hoje só existe uma maneira de Pablo Marçal (PRTB) perder eleitores na disputa pela prefeitura de São Paulo: sofrer desgaste entre os evangélicos.

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O prefeito coloca em campo,nesta quinta-feira,sua estratégia para minar o adversário nessa frente. A campanha de Nunes vai veicular uma propaganda que mostra o influencer ironizando o Rei Salomão,figura central da bíblia. A gravação diz que “Salomão é venerado e respeitado por todos,menos por Pablo Marçal” e emenda a seguinte frase do influencer: “o Salomão era neném,moço”.

A ideia é que essa seja a primeira de uma série de peças publicitárias calcadas em falas de Marçal que têm o objetivo de desidratá-lo entre os evangélicos.

A leitura da campanha de Nunes e de seus aliados,como o governador de São Paulo,Tarcísio de Freitas,é que o embate do influencer com o pastor Silas Malafaia deflagrado após o 7 de setembro,na Av. Paulista,abriu caminho para mostrar aos evangélicos as contradições do candidato do PRTB.

Marçal disse que Malafaia o proibiu de subir no carro de som da manifestação. O pastor,então,gravou um vídeo no qual chamou o influencer de “megalomaníaco” e afirmou que ele foi vetado porque chegou ao local após o encerramento das falas. O episódio deu início a uma série de embates entre ambos.

Em paralelo,Nunes vem intensificando as agendas com lideranças evangélicas. Após o 7 de setembro,esteve em dois eventos do segmento acompanhado de Tarcísio de Freitas. Na quarta-feira,o prefeito participou uma reunião com cerca de 500 pastores para traçar estratégias para alavancar sua candidatura. Tarcísio também esteve na agenda.

A pesquisa Quaest,divulgada ontem,mostra que Marçal segue liderando com certa folga entre os evangélicos. Ele aparece com 37% das intenções de voto no segmento,enquanto o prefeito tem 26%. No levantamento anterior,em 28 de agosto,o influencer tinha 27% e Nunes,18% da preferência dos evangélicos.