Rodrigo Faro como Silvio Santos — Foto: Divulgação
RESUMO
Sem tempo? Ferramenta de IA resume para vocêGERADO EM: 12/09/2024 - 03:30
"Crítica: Cinebiografia 'Silvio' aborda sequestro e valores familiares com atuação marcante,mas falha na estética"
A cinebiografia "Silvio" retrata a singularidade de Silvio Santos com foco no sequestro em sua casa. O roteiro busca transmitir mensagens sobre o valor da família e a proximidade entre opostos. O filme foge do maniqueísmo,mas peca na estética e na trilha sonora. Os atores principais se destacam,porém não conseguem salvar a produção.O Irineu é a iniciativa do GLOBO para oferecer aplicações de inteligência artificial aos leitores. Toda a produção de conteúdo com o uso do Irineu é supervisionada por jornalistas.
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Marcelo Antunez concentra a ação de seu filme nos momentos em que Silvio Santos (Rodrigo Faro) foi mantido refém,dentro de sua própria casa,por Fernando Dutra Pinto (Johnnas Oliva). Esse embate é desenvolvido num roteiro (de Anderson Almeida) voltado para a transmissão de mensagens evidentes ao espectador. A primeira: os opostos podem ser mais próximos do que parecem. A segunda: não há nada mais importante do que a família.
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Ao não abordar Silvio e Fernando como,respectivamente,herói e vilão,o roteiro escapa do maniqueísmo. Mas não se distancia de uma certa fórmula ao defender a ideia de que os dois personagens são lados contrários de uma única moeda. Ambos surgem como figuras equivalentes,pelo menos numa fase de suas vidas. Fernando é um jovem de origem humilde — como Silvio foi no passado. Não tiveram,porém,o mesmo futuro.
Já a questão da família ganha destaque através das falhas de Silvio,que se sente culpado por não ter priorizado o convívio com a esposa,Cidinha (Marjorie Gerardi),em especial durante a doença dela,e pelo afastamento da filha,Cintia (Ana Paula Lopez). Fernando,por sua vez,entra em crise nos instantes em que sua família é mencionada.
Além do roteiro esquemático,as sequências de flashback têm concepção estética artificial e a utilização da trilha sonora (de Xuxa Levy) é excessiva. Os atores principais sustentam o conflito — Faro evita a caricatura fácil e Oliva imprime credibilidade ao atormentado personagem —,mas não chegam a salvar esse filme sobre Silvio Santos,homem singular que morreu recentemente.
Bonequinho dorme.