Papa Francisco faz apelo na Indonésia para 'aumentar o diálogo inter-religioso' que combata o 'extremismo' no mundo

Papa Francisco e o presidente da Indonésia,Joko Widodo,participam de uma reunião com autoridades indonésias,sociedade civil e corpo diplomático no Palácio Presidencial em Jacarta — Foto: WILLY KURNIAWAN / POOL / AFP

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GERADO EM: 04/09/2024 - 02:32

Papa Francisco promove diálogo inter-religioso na Ásia e Oceania

Papa Francisco inicia viagem na Indonésia com apelo ao diálogo inter-religioso contra extremismo. Com 87 anos,segue roteiro de 12 dias por países da Ásia e Oceania. Destaque para encontro inter-religioso em mesquita e visita histórica em país majoritariamente muçulmano. Próxima parada: Papua Nova Guiné.

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O papa Francisco apelou,nesta quarta-feira,a um maior “diálogo inter-religioso” para “contrastar o extremismo e a intolerância”,no seu primeiro discurso na Indonésia,o país com a maior população muçulmana do mundo.

Parecendo saudável e jovial aos 87 anos,o líder dos 1,3 bilhão de católicos do mundo iniciou a viagem de 12 dias na Indonésia,seguindo depois para Papua Nova Guiné,Timor Leste e Singapura.

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Depois de um voo de 13 horas de Roma a Jacarta,o jesuíta argentino desfrutou de meio dia de descanso na terça-feira,antes de mergulhar numa agenda frenética de reuniões e discursos.

Nas suas primeiras palavras públicas neste enorme arquipélago do Sudeste Asiático,o papa dirigiu-se às autoridades e ao corpo diplomático indonésios,apelando-lhes para “aumentarem o diálogo inter-religioso”.

O país,com 17.500 ilhas,abriga a maior população muçulmana do mundo,com 242 milhões de fiéis (87% dos seus habitantes),contra apenas 8 milhões de católicos (menos de 3%).

Por essa razão,o diálogo inter-religioso constitui um tema central nesta primeira etapa da viagem empreendida por Francisco pela Ásia e pela Oceania,a mais longa e distante do seu papado.

- A Igreja Católica deseja aumentar o diálogo inter-religioso. Dessa forma,os preconceitos poderão ser eliminados e será promovido um clima de respeito e confiança mútua - disse o pontífice,no palácio presidencial de Jacarta.

Esses são “fatores essenciais para enfrentar desafios comuns,entre os quais está o desafio de combater o extremismo e a intolerância,que – distorcendo a religião – tentam impor-se através do engano e da violência - acrescentou.

Veja fotos da visita do Papa Francisco ao Brasil

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Papa Francisco segura uma bandeira da Argentina do lado de fora da Catedral Metropolitana do Rio de Janeiro em 25 de julho de 2013 — Foto: AFP PHOTO / Stefano Rellandini

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O Papa Francisco em visita ao Rio,em 2013 — Foto: Bruno Gonzalez / Agência O Globo

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O Papa Francisco durante missa na Catedral de São Sebastião,no Rio de Janeiro em 27 de julho de 2013 — Foto: LUCA ZENNARO / AFP

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O papa Francisco e a Via Sacra na praia de Copacabana. — Foto: Ivo Gonzalez / Agencia O Globo

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O papa Francisco e a Via Sacra na praia de Copacabana. — Foto: Ivo Gonzalez / Agencia O Globo

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Papa Francisco é cercado por crianças durante visita à favela Varginha,no Rio de Janeiro — Foto: YASUYOSHI CHIBA / AFP

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Pessoas saúdam o Papa Francisco,ao centro,enquanto ele visita a favela de Varginha,no Rio,em 25 de julho de 2013 — Foto: Victor R. Caivano / AP

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Papa Francisco acena para fiéis durante sua visita ao Rio,em 2013 — Foto: Roberto Moreyra / Agência O Globo

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O Papa Francisco e a então presidente Dilma Rousseff durante a cerimônia no Palácio Guanabara,em 22 de julho de 2013 — Foto: AFP FOTO / VANDERLEI ALMEIDA

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Papa Francisco recebe uma camisa do Flamengo do ex-jogador Zico,em 25 de julho de 2013 — Foto: Luca Zennaro / AP

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O Papa Francisco durante missa na praia de Copacabana. — Foto: Ivo Gonzalez / Agencia O Globo

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Papa Francisco usa uma guirlanda de pescoço dada a ele durante sua visita à favela da Varginha,no Rio de Janeiro,em 25 de julho de 2013 — Foto: LUCA ZENNARO / AFP

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Papa Francisco e o então presidente do STF,Ricardo Lewandowski — Foto: L'osservatore Romano

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O Papa Francisco acena ao embarcar depois de uma viagem de uma semana ao Brasil,em 28 de julho de 2013 — Foto: EVARISTO SA / AFP

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Anteriormente,o papa encontrou-se com o presidente da Indonésia,que na véspera classificou a visita como “histórica”.

Houve preocupação com o impacto da extensa viagem na saúde de Francisco,mas ele estava sorridente e de bom humor já desde que desceu do avião,e novamente na quarta-feira,quando se encontrou com Widodo.

Cerimônia em uma mesquita

Para terminar a manhã,Francisco manterá um encontro privado com membros da Companhia de Jesus,ordem jesuíta da qual faz parte,na nunciatura apostólica da Santa Sé,uma tradição nas suas viagens ao estrangeiro.

Os dez anos de mudanças do Papa Francisco

Esta viagem papal estava inicialmente prevista para 2020,mas foi adiada devido à pandemia de covid-19.

Depois de Paulo VI,em 1970,e João Paulo II,em 1989,Francisco é o terceiro pontífice a visitar este país,cuja capital estava repleta de bandeiras do Vaticano e cartazes de boas-vindas.

À tarde,o pontífice irá à catedral de Nossa Senhora da Assunção,reconstruída no fim do século XIX após um incêndio,onde se reunirá com o clero local.

Por fim,o dia terminará com um encontro com jovens da rede Scholas Occurrentes,um movimento educativo inicialmente dirigido a crianças de zonas desfavorecidas de Buenos Aires e que se espalhou pelo mundo.

Na quinta-feira,no ponto alto da sua visita à Indonésia,Francisco participará de um encontro inter-religioso na mesquita Istiqlal,a maior do Sudeste Asiático.

Participarão da cerimônia representantes das seis confissões oficiais do país: islamismo,protestantismo,catolicismo,budismo,hinduísmo e confucionismo.

Na sexta-feira,o pontífice partirá da Indonésia com destino a Papua Nova Guiné,próxima escala numa odisseia de 32 mil quilômetros.

A 45ª viagem de seu papado ao exterior é um desafio físico para o jesuíta argentino,afetado por problemas de saúde nos últimos anos,embora nas últimas semanas tenha parecido revigorado.