Apenas este ano, prefeitura recebeu mais de 2.600 pedidos de avaliação do risco de queda de árvores no Rio

Árvore cai em Laranjeiras e fere adolescente na rua — Foto: Luísa Studart

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GERADO EM: 04/09/2024 - 04:30

Pedidos de Avaliação de Árvores no Rio de Janeiro e Reconhecimento da Bossa Nova como Patrimônio Cultural

Mais de 2.600 pedidos de avaliação do risco de queda de árvores foram feitos à prefeitura do Rio só este ano,com uma média de dez por dia. Um adolescente teve um braço fraturado devido à queda de uma árvore em Laranjeiras. A Câmara Municipal reconheceu a Bossa Nova como Patrimônio Cultural. A queda da árvore foi atribuída a um "corte grosseiro" nas raízes,resultando em abertura de investigação policial.

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A queda,na tarde desta terça-feira,de uma figueira na Rua General Glicério,em Laranjeiras,na Zona Sul do Rio,expôs o problema do risco de queda de árvores na cidade. Apenas este ano,foram mais de 2.600 pedidos de avaliação do risco de queda de árvore feitos ao serviço 1746,da prefeitura. No acidente em Laranjeiras,um adolescente de 15 anos teve um dos braços fraturado ao ser atingido pela árvore.

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Entre 1º de janeiro e 3 de setembro,houve 2.637 chamados ao 1746 — cerca de dez reclamações por dia,em média — de moradores da cidade preocupados com o risco de queda de árvores. O mês com mais reclamações foi janeiro (541 chamados),seguido por março e fevereiro. De acordo com o painel da central 1746,87,1% dos pedidos sobre o assunto foram atendidos.

O bairro com mais chamados em 2024 foi Campo Grande,na Zona Oeste,com 225 reclamações,seguido por Tijuca (106),Barra da Tijuca (101),Bangu (79) e Recreio dos Bandeirantes (76).

Outros chamados referentes a árvores no 1746:

Fiscalização de corte de árvore ou sacrifício de árvore - 1.053 chamadosPoda de árvore em logradouro - 19.350 chamadosRemoção de árvore em logradouro - 3.568 chamadosSolicitação de plantio de árvore em área pública - 657 chamados

'Corte grosseiro'

De acordo com Flávio Lopes,presidente da Comlurb,a queda da árvore foi causada por um “corte grosseiro das raízes”. Lopes explicou que o incidente ocorreu devido a uma “intervenção inadequada” realizada por um morador para a construção de um canteiro.

— Quando a pessoa cortou as raízes da árvore,ela ficou sem sustentação e acabou caindo — afirmou Lopes ao complementar que,normalmente,quando uma árvore cai por acidente,suas raízes saem do solo e puxam a calçada,o que não ocorreu neste caso,indicando que as raízes foram cortadas intencionalmente.

A Comlurb afirmou que a última poda da árvore foi realizada em 2013. Desde então,intervenções nas raízes,incluindo a construção recente de um canteiro,foram feitas por moradores,mas sem fiscalização técnica. Um registro de ocorrência foi aberto pela concessionária na 10ª DP (Botafogo) para investigar os responsáveis pela poda.