Bruxelas diz estar a trabalhar com países para recuperar atrasos no PRR

"Acolhemos o relatório da auditoria feita pelo tribunal sobre a absorção dos fundos do Mecanismo de Recuperação e Resiliência,que é,no geral positiva [...]. Estamos a trabalhar de perto com os Estados-membros para apoiar a absorção atempada dos fundos,incluindo para assegurar que chegam aos cidadãos e às empresas o mais rápido possível",reagiu o executivo comunitário,presidido por Ursula von der Leyen.

 

A concretização dos milhares de milhões de euros dos programas de recuperação e resiliência [PRR] dos países da União Europeia (UE) estão atrasados,três anos depois do início,revelou hoje o TCE.

De acordo com uma auditoria do TCE,divulgada hoje,"passados três anos desde o início do Mecanismo de Recuperação e Resiliência da UE,a bazuca de 724 mil milhões de euros,são visíveis atrasos no pagamento dos fundos e no avanço dos projetos".

O Tribunal de Contas Europeu considerou que os atrasos verificados no pagamento dos fundos ameaça o incumprimento do objetivo de "ajudar os países da União a recuperarem da pandemia" e a "torná-los mais resilientes".

"O ritmo dos pagamentos da Comissão Europeia está a aumentar,mas os países podem não ser capazes de retirar e aplicar os fundos a tempo e terminar as medidas planeadas antes do fim do Mecanismo de Recuperação e Resiliência,em agosto de 2026",reconheceu o tribunal.

Ou seja,há um risco de os 27 países do bloco comunitário "não obterem os benefícios económicos e sociais esperados".

Citada no comunicado que acompanha a auditoria,Ivana Maletic,responsável pela auditoria por parte do TCE,alertou que é necessário "evitar estrangulamentos na execução das medidas na reta final" deste mecanismo.

Para isso também é preciso "reduzir a hipótese de erros e pouca eficiência nas despesas".