A ministra da Juventude e Modernização,Margarida Balseiro Lopes,anunciou,esta quarta-feira,que 458 jovens já compraram casa,aproveitando os novos apoios do Governo.
Em causa está a medida que 'livra' os jovens até aos 35 anos de pagar o imposto de selo,o IMT e emolumentos na compra da primeira casa,em vigor desde 1 de agosto.
Sublinhando que a área da juventude "tem muitos desafios",Margarida Balseiro Lopes falou do quanto os jovens adiam projetos de vida e de como saem de casa tarde.
"Em 27 dias desta medida,conseguimos chegar a quase 500 jovens em Portugal. 458 jovens para ser mais precisa. Se perguntarem a estes jovens e famílias se esta medida fez a diferença para dar aquele passo que estavam há tanto tempo à espera,estou convencida de que vos vão responder que sim",revelou,durante o seu discurso na Universidade de Verão do partido,em Castelo de Vide,distrito de Portalegre.
A responsável pela pasta da Juventude e da Modernização sublinhou que esta "não era a solução mágica",mas que ajuda a "resolver um problema de liquidez para os jovens que querem sair de casa" e não têm,por exemplo,"poupanças". Esta ideia já tinha sido transmitida pela ministra no dia em que a medida entrou em vigor,quando considerou que a iniciativa "não era a bala de prata". Na altura,questionada pela SIC Notícias,a ministra reconheceu que a medida poderia também ter um "efeito marginal" no âmbito da procura.
Apoio na compra de casa? "Não é bala de prata e pode ter efeito marginal"
No dia em que a isenção do IMT,Impostos de Selo emolumentos entram em vigor,a responsável pela pasta da Juventude e Modernização falou sobre uma eventual reavaliação do valores previstos neste apoio,nas gerações mais jovens serem uma prioridade clara para o Governo e também na garantia pública,que tem de ser regulamentada até 10 de setembro.
Teresa Banha | 15:03 - 01/08/2024
Balseiro Lopes referiu ainda que outra das áreas que tem sido "crítica" para o Executivo é o Ensino Superior. A ministra apontou que esta questão estava relacionada com o alojamento,já que muitos estudantes têm as notas para ingressar,mas existe "a falta de respostas para o alojamento estudantil". "Em alguns concelhos deste país é preciso 400/480 euros para um quarto",relembrou.
"Desde abril temos,todos os dias,trabalhado para encontrar respostas de emergência - e sem preconceitos ideológicos. Quem quer ter acesso a uma vaga a um quarto não quer saber se o edifício é do Estado,entidade privada ou do setor social. Quer ter acesso a um quarto e quer poder estudar",afirmou,acrescentando que no próximo dia 4 será assinado um protocolo com o Inatel e a Movijovem para que a partir de 15 de setembro mais 700 jovens,e famílias,tenham uma "oferta" de resposta no alojamento estudantil.