Passagem de frente fria pelo RJ — Foto: Fabiano Rocha
RESUMO
Sem tempo? Ferramenta de IA resume para vocêGERADO EM: 26/08/2024 - 00:01
Impacto da Frente Fria: Alerta para Saúde no Brasil
Uma frente fria atinge o Brasil,trazendo queda brusca de temperatura e impactando a saúde. Alergias,infecções respiratórias e problemas cardíacos podem ser agravados. Especialistas alertam para cuidados,como manter-se hidratado,evitar exposição ao frio e manter tratamentos em dia,principalmente para grupos de risco como crianças e idosos. Medidas preventivas incluem uso de umidificadores,inalações e evitar exercícios ao ar livre.O Irineu é a iniciativa do GLOBO para oferecer aplicações de inteligência artificial aos leitores. Toda a produção de conteúdo com o uso do Irineu é supervisionada por jornalistas.
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Uma onda de frio avança pelo Brasil desde o fim de semana,derrubando temperaturas entre 3ºC e 5ºC. A massa,que chega pelo Sul,também provocar queda nos termômetros de áreas do Centro-Oeste e do Sudeste. O frio,lembram especialistas,afeta em cheio o corpo e pode causar problemas de saúde.
O clima mais frio afeta com mais intensidade quem tem asma,bronquite e rinite,desencadeando processos alérgicos.
— Temos receptores químicos no nariz e no pulmão,e em pessoas que são mais sensíveis o frio é um gatilho de sintomas,causando uma descompensação dessas doenças — explicou João Prats,médico infectologista do Hospital Beneficência Portuguesa,em São Paulo,em entrevista ao GLOBO no fim do ano passado.
Vírus respiratórios sobrevivem melhor em ambientes secos e frios,e não à toa os casos aparecem mais quando caem as temperaturas. Há ainda um fator comportamental: no frio,as pessoas tendem a se juntar mais em ambientes fechados,de pouca ventilação.
Além das alergias,as temperaturas mais frias também facilitam infecções respiratórias.
-- O nariz é muito vascularizado,e a função dele é aquecer e umidificar o ar para que chegue aos pulmões. O frio prejudica a atividade mucociliar. Os cílios ficam paralisados e isso dificulta a eliminação de substâncias potencialmente agressivas ou partículas de poluição — explicou o otorrinolaringologista Paulo de Tarso Abrão,em entrevista concedida em novembro.
Abrão lembrou que as crianças de até 5 anos,com o sistema imune ainda em desenvolvimento,e idosos acima de 65 anos,cujo sistema imunológico está enfraquecido,são mais propensos às doenças respiratórias nessa época.
Além da rinite alérgica,comum na primavera,podem aumentar os casos de rinosinusite,uma infecção das mucosas do nariz e dos seios da face,que exige tratamento com antibióticos. Quando a infecção é viral,90% dos casos se resolvem com lavagens nasais.
Outro efeito do frio é aumentar os casos de hipertensão,acidente vascular cerebral (AVC) e arritmias cardíacas. A queda de temperatura provoca vasoconstrição,que é uma redução do diâmetro dos vasos sanguíneos.
A prevenção é o melhor caminho,principalmente para alérgicos,que devem estar com o tratamento em dia para não serem pegos de surpresa. Quem tem esses quadros deve seguir o tratamento e estar em dia com os medicamentos que desinflamam o trato respiratório.
Outras medidas incluem:
Manter boa hidratação e a ingestão de líquidos;Usar umidificadores de ar,principalmente à noite;Fazer inalação com soro quando a umidade relativa do ar ficar abaixo de 40%;Se possível,evitar exposição à temperatura externa fria;Alérgicos e asmáticos são orientados a evitar fazer exercícios expostos ao ar frio; o ideal é apostar por exercícios indoor;Estar atento à higienização das mãos e evitar ambientes fechados com aglomeração