EUA. Euro sobe acima de 1,10 dólares, um máximo desde janeiro

 

A moeda única era negociada a 1,1021 dólares às 11:35 em Lisboa,prosseguindo a tendência de subida iniciada no princípio da semana,que lhe permitiu recuperar níveis que não se verificavam desde janeiro último.

Concretamente,o euro não se situa acima de 1,1 dólares desde 01 de janeiro,depois de ter terminado 2023 acima destes níveis.

O euro recuperou em relação ao dólar na sequência dos bons números do índice de preços no produtor (PPI,Producer Price Index) nos Estados Unidos divulgados na terça-feira,véspera da publicação dos dados da inflação nos EUA em julho,de acordo com analistas do Banca March citados pela Efe.

Especificamente,o PPI - que mede os preços de venda obtidos pelos produtores de bens e serviços - aumentou 0,1% em julho face a junho,quando se esperava um acréscimo de 0,2%,enquanto,excluindo as componentes voláteis da alimentação e da energia,se manteve estável.

Além disso,o índice de preços no consumidor (IPC) dos EUA para julho será divulgado hoje,depois de a inflação em junho ter caído três décimos de ponto percentual em relação ao mês anterior,para 3% em termos homólogos.

Neste sentido,o mercado espera que a taxa de inflação geral se situe em torno de 3%,enquanto a taxa de inflação subjacente - que exclui os preços dos alimentos e da energia por serem considerados mais voláteis - deverá ter descido para 3,de acordo com a Banca March e o Bankinter.

"Se se confirmar,será uma boa notícia para o mercado. Ofereceria mais argumentos para que a Reserva Federal (Fed) iniciasse o seu ciclo de cortes nas taxas em setembro,numa altura em que o mercado de trabalho está a perder alguma inércia",disseram os analistas do Bankinter citados pela Efe.