O 'rating' de Moçambique volta a manter-se desta forma inalterado,tal como na avaliação de 09 de fevereiro,e "reflete elevados níveis de dívida pública,fraca gestão das finanças públicas,baixo PIB per capita,finanças externas fracas,fracos indicadores de governação e uma situação de segurança desafiadora",escrevem os analistas da Fitch Ratings,na nota divulgada esta noite,consultada pela Lusa.
Reconhecem,por outro lado,tal como em avaliações anteriores,"perspetivas robustas de crescimento a médio prazo",que são "apoiadas pelo desenvolvimento do setor do gás natural liquefeito (GNL),ou pelo acordo de Facilidade de Crédito Alargado de 456 milhões de dólares (417 milhões de euros) com a duração de três anos,assinado com o Fundo Monetário Internacional em 2022 e em vigor.
A Fitch não atribui uma perspetiva de evolução da economia,conhecida como 'outlook',a países que têm um rating de CCC',o terceiro acima do Incumprimento Financeiro,ou 'default'.
Na análise,a Fitch revê em baixa a previsão do crescimento económico de Moçambique para 4,0% do Produto Interno Bruto (PIB) este ano (4,5% na avaliação anterior) e 4,2% em 2025 (4,5% anteriormente),que comparam com uma expansão de 5,9% no ano passado.
A desaceleração do crescimento face a 2023 reflete "sobretudo uma menor contribuição da plataforma flutuante de GNL da Eni (Coral Sul)",que já se aproximou no ano passado da capacidade máxima de produção.