E a Estação Gávea do metrô do Rio? Entenda o cenário atual para retomada das obras

Canteiro de obras da futura estação Gávea,do metrô: — Foto: Hermes de Paula

Se na semana passada a coluna trouxe detalhes do andamento da lenta obra do Museu da Imagem e do Som (MIS),em Copacabana,neste sábado será a vez de apresentar a situação da Estação Gávea do metrô do Rio,cuja construção está próxima de completar uma década de paralisação.

Pois o cenário atual é o seguinte: no início de julho,todas as partes interessadas — Estado,Ministério Público e o Tribunal de Contas do Estado - tiveram mais uma reunião sobre a forma de conclusão do empreendimento. Segue na mesa a hipótese de a atual concessionária do metrô finalizar a obra,com a promessa de receber mais dez anos de concessão.

Parte do que era prometido não será feita num primeiro momento (não haverá ligação direta com o Leblon,por exemplo),enquanto o restante da obra sairá por cerca de R$ 700 milhões. O acordo é visto com bons olhos por quem participa das conversas.

Neste momento,o plano está nas mãos dos técnicos do TCE. Após parecer dos auditores,os documentos seguirão para análise jurídica,para enfim serem avaliados pelos conselheiros do Tribunal. Um possível aval para o acordo firmado não significa que a obra deixará de ser fiscalizada.

Todo esse trâmite deve durar,na melhor das hipóteses,cerca de um mês. Um “OK” técnico viria em outubro,cabendo ao Estado e à concessionária o anúncio sobre a retomada do quebra-quebra.

No início do ano,o secretário de Transportes do Estado,Washington Reis,havia prometido obras já para maio,com entrega da estação em junho de 2026,ano de eleição. Procurada,a secretaria reforçou que o processo segue com o TCE e indicou tratar-se de um “projeto prioritário” para o governo. Não foi indicado novo prazo para o início e fim das obras.

“Estamos programando uma nova manifestação em frente à estação. Quem mora na Gávea não usa metrô de superfície. Até o momento,não temos resposta nenhuma do governo. Estamos perdidos. Há 36 milhões de litros de água no buraco e não sabemos o que vai acontecer”,lamenta René Hasenclever,vice-presidente da Associação de Moradores da Gávea.