Dieta, exercícios leves e fisioterapia: carpinteiro atingido por estaca na cabeça segue tratamento em casa após 14 dias internado

No último dia 10 de julho,Vitor Soares do Nascimento,de 28 anos,teve o crânio perfurado enquanto trabalhava cortando madeira — Foto: Jéssica Marques/Agência O Globo

RESUMO

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GERADO EM: 25/07/2024 - 06:00

Carpinteiro sobrevive após acidente grave

Carpinteiro Vitor Soares do Nascimento,28 anos,é atingido por estaca na cabeça e passa por cirurgia. Após 14 dias internado,recebe alta e segue tratamento em casa com fisioterapia,dieta e exercícios leves. Recuperação surpreende médicos,e Vitor planeja recomeçar a vida com cautela.

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Será longo o processo de recuperação do carpinteiro Vitor Soares do Nascimento,atingido por uma estaca na cabeça quando trabalhava cortando madeira em Mangaratiba,na Costa Verde do Rio. Nessa segunda etapa do tratamento,o rapaz vai ficar afastado do trabalho por um período de três meses,e não poderá fazer esforço físico ou pegar peso. Vitor também fará fisioterapia em casa,acompanhado pelos médicos de Mangaratiba,além de consultas periódicas. O carpinteiro recebeu alta nesta quarta-feira,após passar 14 dias internado no Hospital municipalizado Adão Pereira Nunes,em Duque de Caxias,na Baixada Fluminense.

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Os médicos afirmam que daqui a seis meses Vitor precisará passar por mais uma cirurgia para fazer a reconstrução da calota craniana da parte frontal,que foi fragmentada. A calota foi retirada para permitir a retirada da estaca e terá que ser reconstruída. 

O pedreiro Vitor Soares do Nascimento teve uma estaca cravada na cabeça quando trabalhava numa obra — Foto: Divulgação

— Vitor ficou 14 dias internado no leito. Isso gerou uma certa atrofia muscular,o que é normal em casos graves como o dele. Em casa,ele vai fazer fisioterapia e consultas periódicas. Ele pode levar uma vida normal. Dieta foi liberada e não vai precisar de antibióticos. Apenas analgésico para dores de cabeça,que ele não está tendo — afirmou o médico Thiago Resende,diretor do Hospital Adão Pereira Nunes.

Durante o período em casa,Vitor poderá fazer exercícios leves,tomar banhos de sol com protetor solar e caminhadas. Apesar da gravidade do ferimento,o rapaz não teve a parte cognitiva afetada,logo,não precisará,neste primeiro momento,de fisioterapia neurológica. 

— A estaca atingiu seis centímetros de profundidade,desde a calota craniana,o osso,até a parte encefálica. Foi danificada,além da estrutura óssea,a parte frontal direita e uma parte menor frontal esquerda. Ele teve perda da massa encefálica,mas isso não afetou as funções básicas dele. A gente tem que acompanhar os próximos meses,mas,hoje,o Vitor não corre risco de vida. As condições neurológicas são satisfatórias. A equipe médica interpreta isso como um milagre — afirmou Thiago.

'Quando abri os olhos no hospital,achei que estivesse no céu'

Vitor com sua mãe e irmão no hospital nesta quarta-feira (24) — Foto: Divulgação

Vitor precisou passar por uma cirurgia de quatro horas para retirada do artefato. A recuperação rápida e sem sequelas do carpinteiro surpreendeu o próprio rapaz:.

--- Quando abri os olhos no hospital,achei que estivesse no céu. Foi desesperador ver as fotos do meu acidente. Realmente eu fui um milagre. Minha profissão é perigosa,mas não imaginava que algo assim fosse acontecer comigo --- contou Vitor ao GLOBO quando ainda estava no hospital.

Na ocasião,ele disse não se recordar do acidente. A

A mãe do carpinteiro,Luciana Soares dos Santos,de 53 anos,contou que permaneceu ao lado do filho todos os dias desde que ele deu entrada no Hospital Adão Pereira Nunes.

---- Ver meu filho respirando,conversando com todo mundo e sorrindo é a melhor sensação. Ele é um milagre. Ninguém explica Só Deus. No primeiro momento,quando me falaram que ele se acidentou e que o estado era grave,chorei muito. Pensei que fosse perdê-lo. Orei todos os dias para que se recuperasse. Não era a hora dele. Agora o Vitor pode recomeçar a vida ao lado da família --- afirmou .

O carpinteiro está ansioso para o retorno às atividades.

— Quero voltar logo. Acidentes acontecem,mas é necessário cuidado. Mas não sei se quero continuar a trabalhar com isso. Tenho medo de não ter uma segunda chance. Estou feliz de ter vivido de novo — disse Vítor,ainda no hospital.