O balanço consta de um documento apresentado pelo ministro Fernando Alexandre,que esteve hoje a ser ouvido pela comissão parlamentar de Educação e Ciência.
Durante a audição regimental,o ministro não chegou a apresentar os dados,que foram depois divulgados pelo Ministério da Educação,Ciência e Inovação (MECI) e que mostram que,à data de junho de 2024,a FCT devia 98,7 milhões de euros.
A maior dívida é à Universidade do Porto,no valor de 8,8 milhões de euros,seguida da Universidade de Aveiro (8,7 milhões de euros),Universidade de Coimbra (8,4 milhões de euros),Universidade Nova de Lisboa (7,4 milhões de euros) e Universidade do Minho (4,9 milhões de euros).
Entre as 10 maiores dívidas,encontram-se ainda o IST-ID - Associação do Instituto Superior Técnico para a Investigação e Desenvolvimento,a Universidade de Évora,a REQUIMTE Rede de Química e Tecnologia,o i3S - Instituto de Investigação e Inovação em Saúde e o ISCTE -- Instituto Universitário de Lisboa,em valores entre os 4,9 milhões de euros e 2,2 milhões de euros.
Do valor total,a maior fatia (cerca de 43 milhões de euros) corresponde a dívidas com mais de seis meses. Há ainda 25,1 milhões de euros entre três e seis meses e 30,6 milhões de euros entre um e três meses.
Durante a audição,o ministro sublinhou,sem referir o tema das dívidas,que a FCT deve ser "muito mais previsível" e defendeu que o atual modo de funcionamento "não é aceitável,ideia que já tinha defendido na semana passada.
"A FCT tem de ser mais previsível na sua atividade que é fundamental para a ciência em Portugal. Tem de ser mais previsível nos prazos de abertura de concursos,na publicação de resultados. Tem de ser mais previsível no pagamento às instituições do sistema científico e tecnológico que veem muitas vezes a sua atividade prejudicada pelos atrasos",disse na altura Fernando Alexandre,que considerou inaceitáveis os atrasos nos pagamentos às instituições.